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Cláudia Arenda atua na área de Novos negócios da MODO MKT de Relacionamento de Campinas.

claudia@modo.com.br

Minha Trajetória no Marketing Direto

Cláudia Arenda


Minha trajetória no Marketing e especificamente no Marketing Direto não é tão longa assim...mas neste caminho de oito anos, aprendi e também entendi o funcionamento desta disciplina no mercado brasileiro.

Encantada com o entendimento de conceitos de marketing direto no mercado de São Paulo, para cá migrei do Sul. É claro que a maravilhosa descoberta, aos poucos foi ficando clara e madura: muitos conceitos para poucas práticas conscientes. Práticas conscientes, esclareço: prática com determinação de realmente praticar, não apenas de testar um caminho já que nenhuma das  fórmulas anteriores deram certo. E não vamos longe na linha do tempo, visto que muitas empresas que atendi neste último semestre praticaram.

Recordo que ainda no Sul, trabalhei em uma “Pequena Grande Empresa” – pequena em estrutura física, grande em idéias inovadoras, em apostas vencedoras, em controle e mensuração que realmente traziam resultados...E já discutíamos na época, o quanto era fácil apostar “apenas” no que nos é confortável, no que nós é conhecido e no que comprovadamente “já teve” sucesso...Voltando ao presente, penso que ainda é um pouco assim a história do marketing direto no Brasil. Quem acredita? Quem aposta? Quem investe? Quem se “aventura”? O mais importante: quem espera? Marketing direto também é uma lição de paciência...Planejar, estruturar, criar, testar, realizar, controlar, integrar, mensurar, analisar segmentos, rentabilidade, conversão e testar novamente e sempre..... E como os resultados são sempre “para ontem” continua-se praticando a venda única: pra quem não se conhece, um produto ou serviço que não entendemos se satisfez...E assim, temos que produzir e inovar sempre os produtos...Gasto enorme em pesquisa, produção, teste, lançamento, mídia,... E por aí vai... again, again, again...Ciclo curto e dispendioso.

E o quanto economizamos? Somente o tempo...De entender o mercado, o produto, o NOSSO cliente, o quanto poderia render o relacionamento durante sua vida se nos dispuséssemos a perguntar, a entender a surpreender e a responder....Por pura pressa ou receio de inovar?

Esta visão simplista do marketing direto nos faz pensar o quanto ainda temos para conquistar...

  • Antes de consumidores, empresas inovadoras;
  • Antes de resultados, investimentos medidos e pacientes;
  • Antes de aventureiros, cultura;
  • Antes de “última opção de vendas”, uma decisão concreta e integrada com estratégias;
  • Antes de ações isoladas, integração;
  • Antes da certeza de “marketing direto não serve para o meu negócio”, indicadores de desempenho dos touch points.

Antes de tudo, uma trajetória de desafios, pra quem acredita, pra quem ama, pra quem entende de resultados. 

Pra quem aposta que daqui um tempo não falaremos de marketing direto apenas na ABEMD, no DMA, em eventos fechados e segmentados...Para quem acredita que não precisam sumir as agências de publicidade e todos os outros canais de comunicação para sobrevivermos...Já somos, já fazemos parte, já existimos...Há quem acredite, experimente, aprove. E há os que persistem como nós...Até que nossa disciplina tornar-se grandemente reconhecida e aplicada.

MARÇO 2005


 
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