Produzir por produzir, muitos fazem;
produzir aquilo que eu quero, poucos.
OMS
Qual é a melhor das
estratégias? No final, no último parágrafo, eu
conto, mas não vale ir direto ao assunto, porque
devemos, antes, conhecer alguns fatores que
levam as pessoas a comprar aquilo que é
produzido, fabricado ou praticado (serviços).
Existem diversas
definições de marketing, mas a que mais gosto é
a popular: fazer aquilo que eu preciso. E para
que isto aconteça, muitas ações devem ser
feitas, que vão desde a pesquisa (descobrir o
que preciso e o que eu gostaria de ter), até a
promoção dos produtos.
O famoso composto de
marketing - os 4 Ps, desenvolvido ou criado por
E. Jerome MacCarthhy diz que, num determinado
mercado (local onde ocorre à troca de
mercadorias e serviços por numerários), os 4 Ps
agem e interagem com os consumidores: nós, os
clientes. Eles são:
- Produto: o
maior desafio está em se criar, segundo
Kothler, uma diferenciação, porque ser igual
é muito fácil, mas ser diferente é a questão, o
significado e o sucesso. Estas diferenciações
podem ser físicas (durabilidade, design), de
disponibilidade (como e aonde comprar), de
serviços (entrega, manutenção), de preço (alto,
baixo) e de imagem (eventos);
- Preço: o
melhor exemplo de preço está naquilo que o
cliente percebe que vale o produto ou o serviço
que está adquirindo; se ele achar que vale,
mesmo sendo o mais caro do mercado, ele paga. E
ponto final.
- Ponto de venda
(praça ou distribuição): como levar o
produto até o cliente ou onde o cliente pode
encontrar o produto;
- Promoção:
propaganda, promoção de vendas, relações
públicas através de diversas ações, mas a mais
usada hoje, ao meu ver, é a de relacionamento:
quanto mais usa, mais ganha, tipo as usadas na
aviação comercial (milhagem), força de vendas
(feiras, demonstrações) e com o marketing
direto, através de catálogos e telemarketing.
É lógico que dentre
os “Ps” encontramos mais definições e exemplos,
mas não é este o sentido do texto, mas sim,
descobrirmos a melhor das estratégias e se já
está sendo definida, pois ela envolve a pessoa
em si: a que fabrica e vende, e a que consome: o
cliente.
Todo aquele que vai
comprar alguma mercadoria ou vai se utilizar de
um determinado serviço espera encontrar
qualidades tangíveis e intangíveis. Thedoroe
Levitt, em A imaginação de marketing diz que
há 4 tipos de produtos:
- genérico
(minério de ferro, que é igual aqui e em outro
país);
- esperado:
aquilo que eu desejo pelo menos que tenha (que o
café a ser saboreado seja amargo e forte);
- aumentado:
quando além do que estou comprando, recebo mais
(garantia ampliada na compra de um veículo zero
quilometro) e,
- potencial:
um produto ou serviço que ainda não foi
inventado e que seja possível sua fabricação e
uso.
Como o foco está
sempre naquele que vai usar, estou levando o
sentido do texto aquele que determina como as
ações devem ser feitas, o consumidor, os quais
se dividem em clientes internos (que participam
da ação de fabricação a venda) e os externos, os
que compram e utilizam.
Todos os produtos e
os serviços têm um ciclo de vida e aqueles que
conseguem identificar o estágio em que seus
produtos e serviços estão tem sucesso, pois além
de não gastar em demasia para a sua manutenção e
divulgação, pode fazer ações que elevem a sua
participação no mercado ou a sua substituição ou
quem sabe, a completa eliminação, mas baseado em
quem podemos determinar?
Sempre através do
consumidor, pois ele é quem determinará se vai
comprar, se vai continuar comprando ou se vai
trocar por outro. É simples, mas aí está a
melhor das estratégias, que divido em dois atos:
1 - de nada
vai adiantar ter o melhor produto se sua equipe
de vendas e, defino equipe de vendas aqui, como
todo o complexo desde a recepção dos insumos,
até a colocação no ponto de venda e nas
promoções, não estiver motivada para isto.
Produzir por produzir todos podem, mas produzir
aquilo que eu quero, desejo, ainda são raros os
que assim fazem. Uma equipe de vendas deve
comprar a idéia daquilo que se produz, pois de
nada vai adiantar ter elementos capacitados,
profissionais na pesquisa, no desenvolvimento,
na fabricação e na venda em si, se eles, não
comprarem a idéia e para comprar a idéia,
vem a melhor das estratégias, pois como posso
vender algo, se não gosto ou não confio ou não
acredito nas suas qualidades?
2 - e se o
complexo interno está comprando a idéia, será
que o cliente está percebendo estas idéias nos
produtos e serviços? Quantas vezes compramos,
por exemplo, uma linha telefônica com um
aparelho celular, acreditando que irá solucionar
o nosso problema de comunicação e ao invés
disso, ele aumenta? São tantas as promoções que
o mercado recebe e ao usá-las, percebemos que
houve um grande aumento na sua potencialidade e
o produto ou o serviço, antes ditos como
esperado ou aumentado, não passa de um genérico?
O melhor dos exemplos é quando as companhias de
telefonia móvel dizem que possuem ampla
cobertura e ao usá-la em casa, não funciona; se
reclamarmos, dizem que estão certas e de acordo
com a normatização, mas por que disseram, ao me
vender, que tinha ampla cobertura?
Poderia ficar citando
dezenas de marcas que transmitem uma idéia e
quanto percebemos, ela fora aumentada ou,
passaram uma idéia que não condiz com a
realidade. E o que fazer? Processar o fabricante
ou o vendedor ou não mais se utilizar deste
produto?
A terceira opção é a
mais viável, pois se ninguém mais se utilizar um
determinado produto, o ciclo de vida é
interrompido e o seu fabricante tem duas opções:
dar nova vida a ele (melhorar) ou retirá-lo do
mercado.
Portanto, eu tenho
certeza, como elemento de vendas que a melhor
das estratégias é motivar seus clientes internos
e externos e saber fazer isto é outro assunto,
mas primeiro vá descobrir ou medir o grau de
satisfação - interno e externo - e cuidado para
não enfartar com os resultados que obterá, pois
muitas vezes, acomodado pelos resultados, o
empresário não muda suas ações e começa a
declinar, mesmo ganhando lucro.
Oscar
Schild,
o vendedor.
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