Vendedor ou Consultor em Vendas?
Luiz Tadeo Schavinski
Que
cliente chato!. Que cliente exigente!. Todo
“vendedor”, com certeza, já confidenciou com seu
colega sobre aquela figura que adentra na sala de
vendas de uma organização comercial e fica fazendo
perguntas sobre tudo e todas as funcionalidades do
produto. Isto é clássico.
Aquele cliente “chato
e exigente”, nada mais é do que um cliente com um potencial grandioso de compra.
Ele está no ponto para ser “seduzido”, para justificar sua compra e, atender
suas necessidades. A chatice e a exigência manifestada pelo cliente nada mais é
do que possíveis objeções de compra. Objeções não podem ser entendidas como uma
negativa de compra e, sim, de manifestação de interesse não atendida.
Isto posto e, como
tenho afirmado que a venda é uma arte e, na arte tudo muda e tudo se modifica a
todo momento, ou seja, a arte é, por natureza, efêmera, exceto as clássicas, na
venda cada cliente é único. Assim sendo, cabe a nós decidir-mos se somos
vendedores ou consultores de vendas.
Vendedor, para mim, é
aquela figura emblemática em que está simplesmente “obstinada” em atingir suas
metas através do quantitativo de “pedidos” tirados no dia/mês. “Consultor de
vendas” é aquele profissional de vendas que busca
atender as necessidades de seus clientes
e, através disso “somar ativos contábeis” para sua organização. Entenda-se somar
ativos como um vínculo de relacionamentos comerciais e de negócios baseados na
fidelização do cliente para com a organização com projeção de negócios futuros.
Consultor é aquele
profissional com habilidades para aconselhar ao “consultado/comprador”, baseado
na necessidades deste qual a melhor opção possível para atender tais
necessidades. Tais habilidades culminam na credibilidade em que o
consultado/comprador se baseará para futuros negócios que, nada mais é que o
fator chave para a venda.
Somos sabedores que
toda a compra não é totalmente racional e, sim muitas vezes ela é emocional. A
compra racional está baseada nos valores pecuniários pagos por um
produto/serviço (custo/benefício). A compra emocional está baseada nas crenças,
gostos e desejos (auto-estima).
Todos nós somos a todo momento “clientes” e
“consultores de vendas”, mesmo que essa relação não seja pecuniária. Neste exato
momento, você caro leitor é, o “meu cliente” e, sou seu “consultor” de
informações. Veja que não temos uma relação pecuniária mas sim, de interesse
informativo. Eu, objetivando contribuir com conhecimentos e, você buscando
agregar conhecimentos através da leitura. Este é um benefício intrínseco que
atende ambas necessidades.
Muito tem se falado nessa relação comercial
entre empresas e clientes mas o que se vê muitas vezes, e não generalizando, é
que todos estes conceitos estão cristalinos e no entendimento de todos mas, na
prática, o que se vê, infelizmente, ainda é muitos vendedores e poucos
consultores de vendas. E, o mais falaciosos é que apregoa-se nas organizações
que o principal motivo de todos os esforços das empresas é “atender” aos
clientes que, não é a mesma coisa que “solucionar e atender as necessidades dos
clientes”.
Portanto! Você, na sua empresa, é um “vendedor”
ou um “consultor em vendas”? PENSE NISSO!!!!!!!
