
Nildo Leite
Consultor de Empresas, palestrante,
coordenador e professor de cursos de pós-graduação e graduação em
instituições de ensino em Salvador-Bahia nas áreas de Gestão
Estratégica e Marketing. É mestrando em Marketing e Gestão
Empresarial pela Universidade Internacional de Lisboa – Portugal,
pós-graduado em Marketing pela Escola Superior de Propaganda e
Marketing (ESPM-SP), em Administração com ênfase em Recursos Humanos
pela Universidade Estácio de Sá (UES-RJ) e em Estudos de Política e
Estratégias Nacionais pela Escola Superior de Guerra (ESG/ADESG-BA).
Email: nildo.leite@oi.com.br
Janeiro 2006
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Respeito ao Cliente - Compromisso
de Todos
Nildo Leite
Costumo, em minhas
“pesquisas de observação” por shoppings, pequenos
centros comerciais, comércio de rua, etc, observar
atentamente e analisar o que fazem (ou não fazem)
muitos dirigentes em relação ao consumidor/cliente.
Em muitos casos, lamento profundamente ao ver o
baixo nível de atendimento, o mix e a má exposição
de produtos, as técnicas de merchandising
utilizadas, as estratégias e as políticas de preços
inadequadas, as mecânicas de promoção de venda mau
trabalhadas, as incompatibilidades na apresentação
pessoal dos funcionários em relação ao que deveria
ser para o seu público-alvo, etc, etc, etc.
Como são tantos os assuntos, abordarei, com
objetividade nesta mensagem, a questão do
atendimento para com o cliente externo.
Ao lembrarmos de que na “concorrência genérica”
todas as empresas disputam cada centavo de cada
consumidor e de uma frase de Sam Walton, o fundador
da Wal-Mart, “clientes podem demitir todos de uma
empresa, do alto executivo para baixo, simplesmente
gastando seu dinheiro em algum outro lugar” não
entendemos como tantos dirigentes, sejam eles donos
de lojas, diretores, gerentes, encarregados, etc,
ficam a discursar sobre a importância do consumidor
ou do cliente, mas na prática, trata-o com desleixo,
indiferença, menosprezo.
Não entendemos como não possam enxergar que, depois
do cliente interno, o consumidor/cliente externo é a
pessoa mais importante do negócio, é aquele que
merece todo respeito, toda atenção e cortesia, que é
a razão da empresa existir, que é aquele que, na
grande maioria das vezes não depende da empresa e
sim a empresa que depende dele, que é aquele que não
interrompe, completa, que é aquele que faz um favor
quando procura e compra produtos, que é aquele que
paga todos os salários e pró-labores, que é aquele
que sustenta empregos e famílias.
Será que esses dirigentes, não conseguem enxergar
que entre outras estratégias e ações, podem e devem
criar vantagem competitiva através das pessoas, que
podem estabelecer objetivos mensuráveis para o
atendimento, que podem e devem ter uma equipe
treinada, que podem e devem criar um programa de
incentivos e recompensas para que esta equipe possa
oferecer um tratamento excepcional aos consumidores
e aos clientes existentes?
Será que esses dirigentes não se dão conta de que
devem entregar valor ao consumidor/cliente através
dos produtos e/ou serviços (ou os dois) que
comercializam ou que prestam, do conhecimento e da
habilidade de seus funcionários e da formatação das
suas imagens? Será que não pensam em quanto custará
para um consumidor, afora o que irá pagar pela
aquisição que for fazer, o seu tempo, a sua energia
física e psíquica para procura-los?
Será que esses dirigentes, ao invés de “mandar” seus
colaboradores, funcionários, ou seja lá qual for a
terminologia que utilizam, fazerem cursos de
“Qualidade no atendimento ao cliente” (ou outros com
mesmos objetivos), não deveriam eles mesmos,
buscarem estas informações para compatibilizarem
seus discursos com a prática e servirem de exemplo?
É para refletir e agir, pois com tanta competição no
mercado, já passou da hora de pensar no
consumidor/cliente com mais seriedade.

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