Pensando Marketing
O Vazio Analítico das Empresas

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Um artigo do assinante Gustavo Grisa, MBA
www.gustavogrisa.com.br

Por mais sofisticadas que se tornem as estruturas e sistemas operacionais das empresas, a sua sobrevivência e prosperidade será determinada pela capacidade de identificar as tendências do seu ambiente operativo e futuro setorial e transformar esta percepção em estratégia corporativa. Mais ainda, executar esta estratégia corporativa.

O que parece óbvio, simples, repetido em qualquer curso de gestão de Harvard a Faculdades Tabajara, é na prática bastante difícil de ser realizado.

É uma surpresa concluir como empresas têm um bom desempenho com o método intuitivo de análise de informações estratégicas que utilizam. Em grande parte, esta é restrita à diretoria, que, mais do que quaisquer outros executivos, estão vulneráveis aos blind spots, ou seja, prejulgamentos que trazem de experiências positivas do passado.

A dificuldade em se desfazer do contexto, das vaidades e pensar na situação do mercado ou do futuro de uma maneira objetiva e fria pode ser revertida com o uso de técnicas próximas aos jogos de guerra empresariais, em que a empresa pode ser colocada em uma situação hipotética de total vulnerabilidade.

Um sistema de early warning, ou seja, monitoramento e antecipação de tendências e da movimentação da competição pode ser estruturado por uma empresa, ou , no caso do Brasil, por um consórcio de empresas. Os sistemas de análise setorial, mantidos por consórcios de empresas ou organizações empresariais, são um caminho viável para estruturar sistemas capazes de detectar as tendências mundiais de médio e longo prazo dos setores econômicos e atuação das empresas-líderes, evitando surpresas desagradáveis e possibilitando a implantação de estratégias de antecipação e até de intervenção organizada em algumas variáveis sistêmicas.

O talento empresarial, a liderança e a iniciativa jamais serão substituídos, por serem próprios do ser humano. Mas o domínio da informação estratégica encurta o caminho e evita desperdício de energia e recursos financeiros. Ser capaz de preencher o vazio analítico e discutir estratégia é condição mandatória para empresas ou grupos setoriais que desejem ter uma mínima efetividade no mercado, que é internacional queiramos ou não. E moldado de acordo com os parâmetros mundiais de excelência.

Reforçar a capacidade analítica das empresas é parte mandatória de uma política ampla e moderna de desenvolvimento.
 
Gustavo Grisa é MBA de Thunderbird no Arizona e trabalha como executivo em uma multinacional de Telecom em Brasília. Seu site www.gustavogrisa.com.br tem diversos artigos sobre tecnologia e desenvolvimento.

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Brasília - outubro 2003